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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

História do Jeans

O jeans é uma vestimenta que faz parte do armário de todas as classes sociais e faixas etárias. Quem o vê assim hoje, não imagina o processo que ele passou para se transformar nesta peça leve que nunca sai de moda. Desta forma, abaixo, um pouco da história dessa roupa que revolucionou gerações.

Tudo começou em exatamente 1872 em Nimes, na França, quando o jeans começou a ser fabricado. O nome "tecido de Nimes" acabou sendo abreviado por apenas "denim". A princípio, quem importava esse tecido era a Itália, para confeccionar os uniformes dos marinheiros que trabalhavam no porto de Gênova. Esses genoveses, chamados de "genes" pelos franceses, acabaram também ganhando crédito dos norte-americanos, que o apelidaram de "jeans". Os rebites de reforço foram patenteados em 1873 por Levi Strauss e Jacob David. Tachinhas de cobre foram utilizadas para dar uma maior resistência aos bolsos que não estavam resistindo ao peso colocado neles. Os pontos críticos das calças foram reforçados, tornando-as mais duráveis.

Peças de Jeans são artigos de confecção têxtil destinado ao vestuário que usam como matéria-prima tecidos Denim. Muito populares na atualidade, as calças jeans evoluíram com o tempo e hoje são indispensáveis no mundo da moda. Tudo começou quando um século atrás Levi-Strauss criou roupas resistentes para mineiros nos Estados Unidos. No início foi tudo uma experiência. Levi Strauss confeccionou duas ou três peças reforçadas com a lona que possuía, deu-as aos mineradores e o sucesso foi imediato. Altamente resistente, as peças não estragaram com facilidade. Estava criado o jeanswear, o estilo reforçado de confecção, o qual foi originalmente destinado a roupas de trabalho.

A partir de então, cada vez mais os trabalhadores utilizavam o jeans para exercer suas tarefas mais árduas e de exigência física. Entretanto, o jeans só passou a ser utilizado no dia-a-dia, já no século XX. O primeiro estilista a colocar o jeans na passarela foi Calvin Klein já na década de 70. Podemos considerar que o grande feito do jeans foi a inclusão social do produto, tanto operários quanto pessoas ricas usufruíam o tecido azul. O jeans ganhou outra conotação quando dentro de sua composição foi adicionado o elastano, dando o caimento perfeito tão desejado pelas mulheres. E depois a inclusão do algodão com o poliéster e o estastano adicionando a praticidade do jeans, o brilho do poliester e o caimento perfeito do elastano.

O jeans só chegou a conquistar o restante da população após a proliferação social do seu conceito como roupa despojada e do cotidiano, sem perder seu charme e elegância. Foi justamente nessa época que as lavanderias industriais surgiram, e essas passaram a ser responsáveis por desengomarem e amaciarem o Jeans, proporcionando um toque diferenciado. Com a criação do “stone wash”, nome dado ao uso de pedras no processo, as calças passaram a ter um efeito envelhecido, permitindo assim criar vários tons de azul. Jeans claros e escuros, pela primeira vez, andavam lado a lado nas ruas.

Passou-se a época que o jeans era apenas encontrado em variações de azul. A tecnologia no tratamento do jeans não pára de evoluir e atualmente o tecido não é mais trabalhado na lavanderia, apenas na estonagem. Pode-se também dar a ele vários aspectos como efeito marmorizado, desbote em negativo, dirty (manchados), destroyed (destruídos), delavê (esbranquiçado), used (usado), e até imitar madeira e pele de animal. Na década de 50 que o jeans se transformou em símbolo de rebeldia, quando, no filme Juventude Transviada, o ator James Dean, no papel do jovem e rebelde Jim Stark, apareceu usando a combinação clássica: calça jeans e camiseta branca. Além de Dean, Marlon Brando e Elvis Presley contribuíram para que o artigo se disseminasse entre os jovens da época, que teve sua imagem ligada ao rock. A imagem rebelde do jeans se tornou tão forte, que o traje passou a ser proibido nas escolas e em lugares como cinemas e restaurantes. Logo depois, novos modelos, usados em Marylin Monroe, mostrava o jeans com um apelo sensual.

Depois de James Dean e Marlon Brando vieram os Beatles, Bob Dylan e Jimi Hendrix, e o jeans continuou se colocando como peça principal do visual jovem. Na década de 70, com a guerra do Vietnã, surgia um novo grupo, cujos ideais eram baseados na busca pela paz. Os hippies americanos adotaram o jeans como peça essencial do visual largado, e mais uma vez ele se tornou parte de uma cultura jovem. Foram os hippies que introduziram a idéia de customização das peças, feita por meios artesanais, que logo entrou em processos industriais. Ele havia entrado de vez para o vestuário, como uma peça funcional e barata, sempre ligado a um símbolo de juventude. Na mesma época o jeans inicia sua globalização e se insere na indústria européia, que transformou e aprimorou o design e o acabamento, tornando-se grande referência na produção do artigo na indústria da moda. Levi’s, Lee e Mustang se consagravam como marcas de grande nome no segmento.

Com 158 anos de existência, o jeans sem dúvida, é a a peça de roupa que veio para ficar. apesar das diversas transformações, é a vestimenta que todos adoram e que nunca pode faltar no armário.

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