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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Prática da eutanásia: legalizar ou não?

A prática da eutanásia consiste em proporcionar a morte a um doente sem sofrimento, seja pelo desligamento de aparelhos, ou por injeção letal. Esta prática deveria ser legalizada em todos os países, em casos de pessoas que estejam em estado vegetativo.


Um paciente em estado vegetativo, normalmente não reconhece ninguém, se alimenta através de sonda, vive numa cama sem se mexer, e muitas vezes sequer consegue piscar os olhos. Uma pessoa neste estado não tem mais nenhuma perspectiva de melhora e de vida. Neste caso, o que o faz permanecer vivo são os aparelhos e medicamentos indispensáveis.


Nesta concepção há de se pensar nos direitos humanos, de que ninguém tem o direito de “tirar a vida” do outro. A própria religião sempre preza a vida, e nunca a morte, e que neste caso, a eutanásia seria uma prática de homicídio. Entretanto, deve-se saber que uma pessoa neste estado está praticamente morta, e que permanecê-la sob aparelhos, talvez fosse uma prorrogação do seu sofrimento. Além disso, o sofrimento não só atinge o paciente como também toda a família, que fica na expectativa que tenha uma melhora, o que não ocorre. A eutanásia não é uma prática homicida, mas sim de finalizar um problema que não tem mais solução.

Um caso recente é das gêmeas siamesas indianas Saba e Farah Shakeel, que têm 15 anos e são unidades pela cabeça. Atualmente, a família pede ajuda ao governo para que possam realizar a eutanásia, já que as meninas estão sofrendo. Elas se tornaram famosas, quando em 2005 o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan deicidiu pagar a cirurgia para a separação. 

Apesar disso, a família não quis que a operação se realizasse, pois corria risco que uma das gêmeas morresse. Agora, a família quer a autorização da eutanásia, já que elas estão com fortes dores de cabeça e dores agudas em todas as articulações do corpo. Os médicos descobriram que as duas meninas compartilham uma artéria, que leva o sangue do corpo para o coração, e uma importante veia no cérebro. Além disso, elas possuem somente dois rins, ambos no corpo de Farah. Diante disso, é justo deixar vidas sofrendo assim? É uma questão que merece uma boa reflexão...



Fonte: www.g1.globo.com

Um comentário:

Gustavo Rezende disse...

Na minha opnião, se é algo irreversível, acho que vem a calhar o sacrifício desses seres, porque é um quadro que não há reversão, onde as duas pessoas estão sofrendo muito. Portanto a eutanásia acaba sendo um mal necessário.