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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Conhecendo um pouco da Língua Portuguesa

A Língua Portuguesa, além de ser rica em vocábulos e pelo seu contexto histórico, é também bastante complexa e uma das mais difíceis de se aprender por conter muitas regras gramaticais. Neste caso, surgem muitas dúvidas em determinadas ocasiões como a conjugação de verbos, forma correta de ser escrever determinada palavra e até mesmo as concordâncias. Abaixo alguns esclarecimentos sobre como proceder diante desse idioma.

1- Uma pegadinha muito comum é a seguinte expressão: Ele corre risco de vida ou de morte? As pessoas correm risco de morte. Não se corre o risco de viver, mas sim de morrer. Correr risco é algo ruim. Portanto ninguém corre o risco de ser promovido, mas sim de ser demitido, e assim por diante. “Risco de vida” não está errado, mas é algo estranho e redundante.

2- Outra questão é a “crise do desemprego”. Quem está em crise é o emprego, mas o desemprego vai muito bem infelizmente. O mais correto seria usar o termo “crise de emprego”.

3- O advérbio “literalmente” vem sendo usado de forma banal. A frase: “O atacante estava literalmente impedido” é desnecessário neste caso. Isso porque “literalmente” significa utilizar todas as letras, fiel ao texto original, sem fazer nenhuma alteração. Logo, nenhum jogador fica “parcialmente” impedido, mas sim completamente impedido, portanto esta frase é redundante.

4- Outra expressão é a “comida a kilo”. O certo seria “comida a quilo”, pois o “k” só deve ser usado em palavras derivadas de nomes estrangeiros: darwinismo (de Darwin); em símbolos (K = potássio, Kr = criptônio); em abreviaturas: kg, km, kw (= minúsculas e sem plural).  Ao escrevermos por extenso, devemos substituir a letra “k” por “qu”: quilograma, quilômetro, quilowatt.

5- “Entregas à domicílio”. É um erro gravíssimo, afinal não se utiliza crase antes de palavras no masculino, isto é uma regra. O certo é “Entregas em domicílio”.

6- Outro erro comum é alguém num supermercado dizer: “Eu gostaria de duzentas gramas de queijo”. Como esta grama refere-se ao peso do queijo, o correto é “duzentos gramas”. Se a grama fosse o capim, ai sim o certo seria “duzentas gramas”.

7- A palavra “presidenta” ganhou destaque agora com a Dilma assumindo tal cargo. Eis que surge a dúvida, se está certo ou errado esta forma. A Língua Portuguesa aceita as duas formas, tanto “a presidente” como “presidenta”.

8- Têm pessoas que utilizam a expressão: “Aqui tem menas pessoas”. O advérbio “menos” é invariável, portanto em todas as ocasiões, existindo ou não palavras femininas, sempre “terão menos pessoas”.

9- Outra expressão muito utilizada é “a grande maioria”. Isto é redundante da mesma forma como “subir pra cima e descer pra baixo”. Se é a maioria, é óbvio que seja grande.

10- O uso da expressão “Com certeza”, em muitos casos é usado de forma equivocada. Quando se fala: “Com certeza, se Deus quiser sairei dessa viva” não se afirma que sairá viva. O “com certeza” como já diz, é uma afirmativa. Analisando esta frase, só sairá viva se Deus quiser, logo não se pode falar “com certeza”. Mas por puro modismo, muitos falam sem perceber a incoerência.

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