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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Carros Elétricos chegam ao Brasil em 2015

Em poucos anos, o consumidor brasileiro, acostumado com motores movidos a álcool, gasolina e GNV, terá mais uma opção: carros elétricos. A novidade movimenta o mercado. Não apenas o automobilístico, mas também os setores que serão beneficiados por esses novos veículos. No Brasil, eles devem chegar para vendas em 2015.

Antes dessa modificação, duas situações necessitam ser revistas. Primeiro o setor elétrico precisa sofrer uma revolução no campo suporte, e segundo, as garagens terão que se adaptar aos modelos dos carros, pois seus formatos são totalmente diferentes dos carros convencionais.  

No Brasil, as montadoras que mais investem em veículos elétricos são Fiat, que desenvolve o Palio elétrico em parceria com a Itaipu Binacional, e a Mitsubishi, cujo modelo i-MiEV já roda em São Paulo para testes.

Mitsubishi i-MiEV
De acordo com o supervisor de engenharia e planejamento da Mitsubishi Motors, Fabio Maggion, a busca da companhia é pela homologação do produto. “O problema é que o assunto é novo, no mundo inteiro, e precisa ter uma adequação na tributação e de homologação desse tipo de carro”, diz Maggion, que também é membro da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). A Mitsubishi espera trabalhar com o modelo em parcerias com empresas a partir de 2013, como já acontece no Japão. A partir desse ponto e em um cenário positivo, a meta é passar a vender para o público comum em 2015.

A construtora e incorporadora de imóveis, BKO, criou cinco vagas que terão estrutura para fiação e relógios de medição de consumo. Segundo o diretor superintendente da construtora, Mário Giangrande, a simples medida além de proporcionar a tomada para o carro ser plugado, evitará as intermináveis brigas de condôminos sobre quem irá arcar com o gasto energético.
Além do relógio para separar o consumo de cada proprietário, a própria tomada é um assunto importante dentro do mundo dos elétricos. O Mitsubishi i-MiEV, por exemplo, pode ser conectado em uma tomada comum. Entretanto, há modelos em desenvolvimento que têm sistema diferenciado. Por esse motivo, o governo em parceria com órgãos de normas técnicas terá de estabelecer um padrão. “Essas tomadas diferentes vão passar por um tipo de normatização, como acontece no Japão, para haver um padrão convencional. O mesmo acontece com o plug para cargas rápidas, para não se repetir o que aconteceu com os carregadores de celular, em que cada marca tem um tipo diferente”, diz Maggion.
Peugeot BB1
No que se refere à recarga, as fabricantes desenvolveram dois sistemas, um que carrega 100% da bateria durante sete horas, se plugado em uma tomada de 220 v e, outro, que em 30 minutos abastece 80% da capacidade total do veículo. É nesta segunda opção que devem se concentrar os postos de abastecimento. Estacionamentos de shoppings e de supermercados devem fornecer este tipo de auxílio. 
A população do planeta beira os sete bilhões de pessoas e a frota mundial de veículos automotores supera um bilhão e continua crescendo, pois a cada ano são mais 70 milhões de veículos produzidos. O transporte rodoviário mundial, segundo levantamento da OICA (Organização Internacional de Fabricantes de Veículos Automotores) é responsável por 16% das emissões de CO2 (gás carbônico). Não podemos dizer que os veículos são os maiores poluidores do planeta, porque ainda não são, mas se levarmos em conta a vida nos grandes centros urbanos, a situação é preocupante.
As metrópoles estão cada dia mais sufocadas, respirando o ar carregado pela poluição dos motores. A qualidade de vida piora nos grandes centros, onde as doenças respiratórias e alérgicas crescem, e com ela, a taxa de mortalidade fruto das emissões de CO2. É verdade que este não é um problema que afeta apenas o Brasil, mas o mundo todo. O que fazer para impedir que o problema se agrave?
Governos buscam alternativas ora com políticas públicas, ora com incentivo a diversidade da produção. No Brasil, o carro flex (Etanol-Gasolina e Gás) domina o mercado. Em outras partes do planeta, a exemplo, de Estados Unidos, Canadá, Japão, China, França, Alemanha, Israel e Austrália o governo e a iniciativa privada trabalham juntos para desenvolver carros elétricos eficientes. Além de econômicos, os carros elétricos poluem menos do que carros movidos a gasolina, tornando-se uma alternativa ambientalmente saudável a esse tipo de veículo (especialmente nas cidades). Só nos resta agora esperar a novidade chegar ao Brasil!
Pálio Wekeend que já circula no Brasil para testes

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