Conforme eu já havia mencionado em posts anteriores, há uma
grande dificuldade de arrumar um emprego, tanto pela sua competitividade,
quanto às empresas que querem se aproveitar do desespero do desempregado para
aplicar golpes. Desta vez, o Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro (MP-RJ) pediu à Justiça, nesta quarta-feira (19), que sejam
decretadas medidas cautelares de proibição de prestação de serviços no ramo de
recrutamento de pessoal contra a RH Prime Consultoria em Recursos Humanos. Fernando
Lewkowickz, Vivian Ferreira da Silva, Wilson Brum da Silveira Neto, Carlos Daineze
e Maximiliane Silva fazem parte do grupo que aplicava o golpe do “falso
emprego”, e foram denunciados por formação de quadrilha e estelionato pelo
Promotor de Justiça Alexandre Themístocles.
A quadrilha acessava, indevidamente, o banco de currículos
disponibilizado em um conhecido site de oferta de empregos e convocavam as
vítimas para supostas entrevistas profissionais. A farsa promovida pela quadrilha
levava as pessoas a crerem que seus perfis se encaixavam em vagas
pré-determinadas. A fraude era incrementada pela ampla divulgação da página da
RH Prime na internet.
Ao chegar ao local, as pessoas eram informadas que para
conseguirem o tão sonhado emprego, elas deveriam contratar, necessária e
urgentemente, um suposto serviço de marketing pessoal impresso e divulgação segmentada.
Abusando da necessidade de emprego e da inexperiência das pessoas, o grupo
causou gravíssimos prejuízos financeiros individuais.
A quadrilha chegou a lucrar, somente nos primeiros dez dias
de setembro, cerca de R$ 10 mil com os golpes. O cálculo foi feito com base em
documentos apreendidos por agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência
(CSI) do Ministério Público. A empresa, que fica localizada na Avenida Rio
Branco, no Centro do Rio, foi procurada para responder às acusações, mas não
havia nenhum representante no local. Entretanto, havia sete pessoas que estavam
no local para realizar a falsa entrevista de emprego, e que foram salvas de
cair na armadilha.
O promotor de Justiça pede que as outras vítimas da RH Prime
entrem em contato com a Ouvidoria do MP-RJ pelo telefone 127.
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