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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Tudo sobre o anticoncepcional

O tema de hoje do post é o anticoncepcional. A pílula, que é composta por hormônios do tipo estrogênio associados a algum do tipo progesterona ou somente progesterona, pode ainda ser utilizada como parte do tratamento de doenças ginecológicas, como a síndrome dos ovários policísticos, cólicas e TPM, além de seu método contraceptivo. A eficiência da pílula é comprovada. O problema é que, nos primeiros meses, muitas mulheres têm dúvidas quanto ao uso e isso pode comprometer os efeitos do medicamento. Portanto, abaixo, alguns esclarecimentos a respeito do tema.

A primeira pílula da primeira cartela deve ser tomada no primeiro dia da menstruação. Assim, cai o risco de que uma paciente grávida, e que não saiba, comece a tomar a pílula. Vale lembrar que o contraceptivo deve ser indicado por um médico, que explicará detalhadamente cada etapa do uso. A primeira pílula começa a fazer efeito entre seis e oito horas após a ingestão. Assim que a pílula for absorvida pelo organismo, ela já começa a fazer efeito. Entretanto, se ela for a primeira pílula da primeira cartela, recomenda-se associar outro método contraceptivo pelo menos no primeiro mês. Isso porque pode não ter ocorrido o bloqueio total da ovulação e também pela alta probabilidade de a paciente tomar o medicamento de forma errada, já que ainda não há a rotina.

Se por acaso a paciente esquecer de tomar a pílula, em geral, recomenda-se tomar assim que lembrar, se a demora for inferior a 12 horas ,ou pular a drágea se a demora for superior a 12 horas. Tomar a pílula no mesmo horário é fundamental para manter uma dose constante de hormônio no organismo. Por isso, pelo menos até o fim desta cartela associe outro método contraceptivo à pílula, como a camisinha. Lembre-se que a pílula anticoncepcional impede apenas a gravidez, mas não previne contra doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS, a candidíase e a gonorréia. Por isso, independente de tomar ou não pílula, o uso da camisinha é fundamental.

Diferentemente do que muitas mulheres pensam, a pílula não necessariamente engorda. Algumas mulheres que não se adaptam bem a determinada pílula podem sofrer efeitos colaterais, como a retenção de líquidos. Se este for o caso, a paciente deve consultar um ginecologista e solicitar a mudança do método contraceptivo. Hoje, há diversas opções de pílulas no mercado, algumas com doses baixíssimas de hormônios que, provavelmente, não causarão esse tipo de efeito. Na pausa de uma cartela para a outra, pode-se ter relações normalmente. Se a mulher fizer o uso correto e regular sem ter esquecido uma drágea sequer, então estará protegida mesmo no intervalo entre uma cartela e outra, ou seja, no período da menstruação.

Emendar uma cartela na outra para não menstruar mais não é a melhor forma. Existem pílulas próprias para quem não quer mais menstruar e a decisão deve ser discutida junto ao médico. Emendar a cartela não traz perigo, mas se a prática for contínua, pode criar uma dose hormonal muito elevada no organismo e até atrofiar o endométrio. É possível suspender a menstruação e evitar a gravidez com a pílula. Se a mulher fizer uso de uma cartela com 28 drágeas, sem pausa, ela não irá menstruar e ainda estará se prevenindo contra uma possível gravidez. Outras, que contêm menos drágeas (cartelas com 21 ou 24 pílulas) impedem a gestação, mas não a menstruação.

Se a cartela ainda não terminou, mas houve sangramento, não corre o risco de engravidar, mas deve-se conversar com um ginecologista. Atualmente, as doses hormonais das pílulas são extremamente baixas. Isso diminui a chance de efeitos colaterais, mas abre espaço para o chamado sangramento de escape. Isso indica apenas que a progesterona não está bloqueando totalmente o papel dos hormônios naturais da mulher, mas isso não tem qualquer relação com a eficácia da pílula. Se tomada corretamente, ela cumprirá seu papel. Caso a menstruação não tenha terminado e a paciente tenha que iniciar a outra cartela, ela deve sim tomar a pílula mesmo menstruando. A nova cartela deve começar de acordo com o intervalo orientado. Se são sete dias de intervalo, então, comece a cartela seguinte após esses sete dias. O sangramento não serve como parâmetro para tomar ou não o medicamento.

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