Tudo começou em exatamente 1872 em Nimes, na França, quando o jeans começou a ser fabricado. O nome "tecido de Nimes" acabou sendo abreviado por apenas "denim". A princípio, quem importava esse tecido era a Itália, para confeccionar os uniformes dos marinheiros que trabalhavam no porto de Gênova. Esses genoveses, chamados de "genes" pelos franceses, acabaram também ganhando crédito dos norte-americanos, que o apelidaram de "jeans". Os rebites de reforço foram patenteados em 1873 por Levi Strauss e Jacob David. Tachinhas de cobre foram utilizadas para dar uma maior resistência aos bolsos que não estavam resistindo ao peso colocado neles. Os pontos críticos das calças foram reforçados, tornando-as mais duráveis.
Peças de Jeans são artigos de confecção têxtil destinado ao vestuário que usam como matéria-prima tecidos Denim. Muito populares na atualidade, as calças jeans evoluíram com o tempo e hoje são indispensáveis no mundo da moda. Tudo começou quando um século atrás Levi-Strauss criou roupas resistentes para mineiros nos Estados Unidos. No início foi tudo uma experiência. Levi Strauss confeccionou duas ou três peças reforçadas com a lona que possuía, deu-as aos mineradores e o sucesso foi imediato. Altamente resistente, as peças não estragaram com facilidade. Estava criado o jeanswear, o estilo reforçado de confecção, o qual foi originalmente destinado a roupas de trabalho.
A partir de então, cada vez mais os trabalhadores utilizavam o jeans para exercer suas tarefas mais árduas e de exigência física. Entretanto, o jeans só passou a ser utilizado no dia-a-dia, já no século XX. O primeiro estilista a colocar o jeans na passarela foi Calvin Klein já na década de 70. Podemos considerar que o grande feito do jeans foi a inclusão social do produto, tanto operários quanto pessoas ricas usufruíam o tecido azul. O jeans ganhou outra conotação quando dentro de sua composição foi adicionado o elastano, dando o caimento perfeito tão desejado pelas mulheres. E depois a inclusão do algodão com o poliéster e o estastano adicionando a praticidade do jeans, o brilho do poliester e o caimento perfeito do elastano.
O jeans só chegou a conquistar o restante da população após a proliferação social do seu conceito como roupa despojada e do cotidiano, sem perder seu charme e elegância. Foi justamente nessa época que as lavanderias industriais surgiram, e essas passaram a ser responsáveis por desengomarem e amaciarem o Jeans, proporcionando um toque diferenciado. Com a criação do “stone wash”, nome dado ao uso de pedras no processo, as calças passaram a ter um efeito envelhecido, permitindo assim criar vários tons de azul. Jeans claros e escuros, pela primeira vez, andavam lado a lado nas ruas.
Passou-se a época que o jeans era apenas encontrado em variações de azul. A tecnologia no tratamento do jeans não pára de evoluir e atualmente o tecido não é mais trabalhado na lavanderia, apenas na estonagem. Pode-se também dar a ele vários aspectos como efeito marmorizado, desbote em negativo, dirty (manchados), destroyed (destruídos), delavê (esbranquiçado), used (usado), e até imitar madeira e pele de animal. Na década de 50 que o jeans se transformou em símbolo de rebeldia, quando, no filme Juventude Transviada, o ator James Dean, no papel do jovem e rebelde Jim Stark, apareceu usando a combinação clássica: calça jeans e camiseta branca. Além de Dean, Marlon Brando e Elvis Presley contribuíram para que o artigo se disseminasse entre os jovens da época, que teve sua imagem ligada ao rock. A imagem rebelde do jeans se tornou tão forte, que o traje passou a ser proibido nas escolas e em lugares como cinemas e restaurantes. Logo depois, novos modelos, usados em Marylin Monroe, mostrava o jeans com um apelo sensual.
Depois de James Dean e Marlon Brando vieram os Beatles, Bob Dylan e Jimi Hendrix, e o jeans continuou se colocando como peça principal do visual jovem. Na década de 70, com a guerra do Vietnã, surgia um novo grupo, cujos ideais eram baseados na busca pela paz. Os hippies americanos adotaram o jeans como peça essencial do visual largado, e mais uma vez ele se tornou parte de uma cultura jovem. Foram os hippies que introduziram a idéia de customização das peças, feita por meios artesanais, que logo entrou em processos industriais. Ele havia entrado de vez para o vestuário, como uma peça funcional e barata, sempre ligado a um símbolo de juventude. Na mesma época o jeans inicia sua globalização e se insere na indústria européia, que transformou e aprimorou o design e o acabamento, tornando-se grande referência na produção do artigo na indústria da moda. Levi’s, Lee e Mustang se consagravam como marcas de grande nome no segmento.
Com 158 anos de existência, o jeans sem dúvida, é a a peça de roupa que veio para ficar. apesar das diversas transformações, é a vestimenta que todos adoram e que nunca pode faltar no armário.
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